Hospital da Vida pode perder 10 leitos de UTI

Por Redação em 13/03/2021 às 09:50:30

(Foto: Divulgação)

Liziane Berocal

Em meio a falta de leitos na saúde em todo o Estado a situação pode ficar até pior caso se confirme o fechamento de 10 leitos de UTI no Hospital da Vida em Dourados (MS). O motivo seria o rompimento contratual e retirada de equipe da empresa Mediall Brasil que segundo o documento deixará de prestar serviços no hospital no próximo dia 23 de março.

O documento foi encaminhado ao Ministério Público do Estado, ao Conselho Regional de Medicina, ao Conselho Municipal de Saúde e também a Secretaria Estadual de Saúde.

"O nosso medo é sobrecarregar ainda mais quem trabalha na linha de frente e não conseguirem resolver isso a tempo", afirmou um trabalhador que pediu para não ser identificado. "Estamos exaustos, trabalhando muito, atrasam tudo, não tem condições. Parece um jogo de vida ou morte e é", afirmou.

O rompimento ocorre no momento em que o prefeito Allan Guedes (PP) vive outra crise com Frederico de Oliveira Weissinger pedindo para sair da Secretaria Municipal de Saude. Ele teria apresentado carta de demissão nesta quinta-feira (11).

A demissão e rompimentos de contratos acontecem no momento em que município chegou a 278 vítimas da doença e tem ocupação de leitos de UTI próxima de 90%. No fim de semana passado já não havia nenhuma vaga em terapia intensiva na cidade.

Socorro do Governo

Com a situação crítica em Dourados, em fevereiro deste ano o governador Reinaldo Azambuja autorizou a liberação de um socorro emergencial de R$ 9,2 milhões para a prefeitura quitar dívidas da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde) e evitar a paralisação do atendimento médico na macrorregião.

No entanto, a prefeitura de Dourados garantiu que não haverá diminuição de leitos na cidade. De acordo com a nota "o contrato com a Mediall não pode ser renovado em virtude de impossibilidade legal, uma vez que foi assinado com base na legislação do Covid, que prevê contratações emergenciais".

A assessoria afirmou que a Fundação Municipal de Saúde "está providenciando uma nova contratação para suprir as demandas".

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Liziane Matos