Armas alugadas a criminosos eram guardadas por mãe de interno

Por Redação em 06/10/2022 às 07:40:52

(Foto: Assessoria)

Foram apreendidas 15 armas de fogo na noite dessa terça-feira no BNH 4º Plano pela Polícia Civil, em Dourados, eram guardadas por mulher identificada como Genéia, de 62 anos, mãe de um homem que cumpre pena na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

Avaliadas em aproximadamente R$ 200 mil, as pistolas e revólveres foram encontradas dentro de um guarda-roupa, em cômodo de uma residência localizada na rua Rouxinol.

Os policiais entraram na casa após período de monitoramento coordenado pelo SIG (Setor de Investigações Gerais).

Segundo o delegado Erasmo Cubas, as armas entraram ontem (4) no Brasil por via terrestre, através da rodovia BR-463 que liga Dourados a Ponta Porã, cidade localizada na linha de fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai.

"A gente trabalha há muito tempo com investigações sobre este ponto de armazenamento de armas de fogo de facção criminosa ligada a penitenciárias com abrangência nacional e internacional. A gente vinha monitorando", explicou Erasmo Cubas.

A informação que chegou aos investigadores era de que logo após o primeiro turno das eleições uma significativa remessa de armas de fogo chegaria na cidade.

Em entrevista concedida ao Dourados News, o delegado detalha ainda que os policiais perceberam uma intensificação na movimentação na casa justamente de pessoas interessadas nas armas e preparou o melhor momento para incursão no imóvel.

Além da idosa que estaria armazenando o material a pedido do filho recolhido na maior unidade prisional de Mato Grosso do Sul, Wesley de 20 anos que fazia a segurança do local também foi preso e levado para o 1ª Distrito Policial de Dourados.

Os dois vão responder por posse de arma de fogo de calibre restrito - já que as armas estavam raspadas, com numeração suprimidas, e também por associação criminosa.

Aluguel do crime

Foram apreendidas ao todo 15 armas de fogo, sendo quatro revólveres de calibre 38, um de calibre 357, além de dez pistolas de calibre .45, 9 mm, .380 e .40.

As investigações indicam que as armas eram vendidas ou alugadas a pessoas envolvidas com diversos tipos de crimes, entre roubos, acertos de contas e desavenças pessoais, mas principalmente para imposição de domínio de território.

"É a grande finalidade deste grupo. Estabelecer uma certa dominância e também executar crimes contra a vida referente ao fortalecimento da facção criminosa", explicou o delegado Erasmo Cubas.

Os policiais civis dão continuidade aos levantamentos investigativos que deverão compor inquérito criminal sobre o caso.


Por Diário do Pantanal.

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Liziane Matos