Grupamento de Escolta Penitenciária da Agepen completa dois anos e já movimentou mais de 8 mil pessoas presas na capital

Mais de 8,1 mil presos foram movimentados nos últimos dois anos, em Campo Grande, pelo GEP (Grupamento de Escolta Penitenciária) da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). É o que demonstra relatório divulgado esta semana, envolvendo transferências, progressões de regime e escoltas de saúde executadas.

Entre as ações, está a transferência de 107 internos do Estabelecimento Penal de Cassilândia para diferentes municípios do estado, após situação de crise no último dia 22 de março, tendo sido essencial o trabalho da equipe no andamento da operação, a partir da retomada da ordem e disciplina no local.

Dois anos de evolução

O Grupamento foi instituído oficialmente em 8 de abril de 2021, com sua base na capital; hoje a Agepen possui também bases nas cidades de Três Lagoas, Dourados e Corumbá. Os trabalhos do GEP são realizados por policiais penais capacitados em treinamentos específicos e envolvem também custódias hospitalares e a segurança das muralhas em estabelecimentos penais.

Quem atua na equipe deve estar sempre preparado para executar suas missões com segurança, sobretudo dentro das normas institucionais, com planos de ação, avaliação de risco e redução de danos.

"Para maximização dos resultados, trabalhamos com base em um procedimento operacional padrão, com maior segurança, independente de quem é o interno transportado", comenta o comandante do GEP na capital, Evandro Mota. "Nosso grande aliado nisso também é a busca constante por treinamentos e aperfeiçoamento profissional", complementa.

Para o comandante, com as mudanças em função da Polícia Penal, "o GEP tem uma das maiores responsabilidades, que é representar o sistema prisional fora do próprio sistema prisional, atuando diretamente aos olhos de toda a sociedade".

Geralmente, os serviços de escolta começam no primeiro horário da manhã e, muitas vezes, os presos a serem atendidos são de unidades penais diferentes e tudo com horário pré-estabelecido. Em média, cada viatura roda mais de 150 km por dia.

"Precisamos estar sempre de olhos atentos à nossa volta, não podemos vacilar e a adrenalina só abaixa quando o último preso é devolvido à unidade prisional", comenta o membro de uma das equipes do GEP, policial penal André Borges.

Para ser integrante do Grupamento, dentre as características mais marcantes, é a força de vontade, o respeito e um tato diferenciado com as pessoas. Além dos custodiados, lidam diariamente com equipe médica, enfermeiros, secretárias, atendentes e a população em geral. "Então temos como desafio tratar as vertentes de impor a ordem e respeito, além de saber falar com o público em geral com respeito e educação", explica Borges.

Homenagem

Por conta da dedicação dos policiais penais que compõem o Grupamento na capital, em relação à operação de movimentação de presos da Penitenciária de Cassilândia realizada em março, a direção da Agepen preparou uma homenagem especial com certificado de agradecimento pelo empenho para que todas as trasnferências ocorressem com agilidade e segurança.

Durante a entrega, o diretor-presidente Rodrigo Rossi Maiorchini destacou que a ideia é justamente reconhecer a dedicação desses guerreiros que foi primordial para a finalização da operação, o que impacta positivamente na segurança da população sul-mato-grossense como um todo.

O comandante do GEP da capital, Evandro Luis Mota de Oliveira, agradeceu a iniciativa. "Isso nos dá mais força para continuar com garra, determinação e muito amor pela nossa missão. No que precisar do grupamento, nós sempre estaremos à disposição para ajudar no que for preciso".