Na noite da última terça-feira (8), a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão contra um assessor parlamentar da Câmara Municipal de Dourados. O homem foi preso no Clube Indaiá, por volta das 19h30. Segundo os relatos policiais, após buscas infrutíferas pelo acusado em sua residência, policiais receberam a informação de que ele estaria em uma reunião no Clube Indaiá
Os policiais cumpriram o mandado de prisão expedida pelo juiz, Eduardo Floriano Almeida, da 2ª Vara de Família e Sucessões, contra Tiago de Matos Prates, de 39 anos. O cumprimento é referente à ação de alimentos e, portanto, pensão alimentícia.
A ação contou com o apoio da Guarda Municipal de Dourados (GMD).
Thiago M. Prates está lotado no gabinete do vereador de primeiro mandato, Sargento Prates (PL), conhecido pela ativa defesa da patria e da "família". No entanto, apesar do assessor não cumprir com o dever legal para com sua própria família, permaneceu alí, lotado em um cargo comissionado no poder legislativo.
No Brasil, milhares de mães vivem uma rotina de luta e sobrecarga provocada pela ausência financeira — e muitas vezes também emocional — dos pais de seus filhos. O não pagamento da pensão alimentícia, além de ser uma infração legal, representa um problema social profundo que impacta diretamente o bem-estar e o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a pensão alimentícia é uma das principais causas de prisão civil no país. Homens que deixam de pagar os valores determinados judicialmente podem ser detidos por até 90 dias. Apesar da penalidade, o problema persiste: muitos simplesmente ignoram a obrigação, enquanto o sistema jurídico luta para garantir a efetividade das cobranças.