Faleceu nesta sexta-feira, aos 85 anos, no Rio de Janeiro, a escritora Heloisa Teixeira, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). A causa da morte foi atribuída a complicações de pneumonia e insuficiência respiratória aguda. Heloisa estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea.
O velório está marcado para este sábado, na sede da ABL, no centro do Rio. A academia expressou profundo pesar pela perda da escritora, destacando sua importância e legado.
Nascida em Ribeirão Preto, São Paulo, Heloisa mudou-se para o Rio com a família aos 4 anos. Mãe de três cineastas, ela marcou sua trajetória com forte atuação no feminismo brasileiro.
Em um gesto de renovação pessoal, Heloisa adotou o sobrenome materno Teixeira, decisão que refletiu em uma tatuagem com seu nome completo.
"Ainda somos pouquíssimas nessa casa: apenas dez mulheres foram eleitas acadêmicas contra um total de 339 homens, o que reflete a desigualdade entre a eleição de homens e mulheres na ABL".
Durante seu discurso de posse, Heloisa Teixeira destacou a desigualdade de gênero na ABL, fundada em 1897.
Com formação em letras clássicas pela PUC-Rio e pós-graduação na UFRJ e em Columbia, Heloisa dirigiu o Programa Avançado de Cultura Contemporânea da UFRJ e coordenou projetos como o Laboratório de Tecnologias Sociais.
Eleita com expressiva votação, Heloisa Teixeira reafirmou seu compromisso com a renovação da ABL.
"Esse atual projeto de abertura me fascina. E isso não é nem o começo. Tem que ter mulher, negro, índio. Porque são excelentes também. Isso é o Brasil, a democracia. Eu estou muito feliz de chegar nesse momento na academia" disse Heloisa em sua posse.
*Reportagem produzida com auxílio de IA