Deputado Paulo Corrêa critica Deam após sobrinha ser agredida em Campo Grande

O 1º secretário da Alems, o Deputado estadual Paulo Corrêa subiu o tom e criticou o atendimento da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) em Campo Grande por erro na confecção do boletim de ocorrência

Por Mariane Chianezi em 13/03/2025 às 18:38:26

Foto : Luciana Nassar (ALEMS)

O 1Âș secretĂĄrio da Alems, o Deputado estadual Paulo CorrĂȘa (PSDB) subiu o tom e criticou o atendimento da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) em Campo Grande por erro na confecção do boletim de ocorrĂȘncia e também mostrou indignação com a decisão do desembargador que além de liberar o agressor com uso de tornozeleira, permitiu visita à filha do casal.

CorrĂȘa destacou que sua sobrinha, brutalmente agredida pelo ex-companheiro, com quem tem uma filha de oito meses, quebrou o nariz durante o ataque. O deputado revelou que, ao buscar ajuda da polĂ­cia, sua famĂ­lia foi surpreendida com a inversão de papéis no registro da ocorrĂȘncia.

Seu sobrinho, irmão da vĂ­tima e advogado, foi até a delegacia para relatar a agressão como informante, mas acabou sendo tratado no boletim de ocorrĂȘncia como indiciado. A delegada que atendeu a sobrinha de CorrĂȘa teria sido a mesma que atendeu Vanessa Ricarte, morta a facadas horas após procurar a Deam.

"A mesma delegada que atendeu o caso anterior [da Vanessa Ricarte], foi responsĂĄvel por esse erro. SerĂĄ desatenção ou não gosta de fazer o serviço? Saiu uma ordem de prisão, mandaram prender meu sobrinho e não o cara que bateu minha sobrinha", revelou.

Além disso, CorrĂȘa criticou uma decisão de desembargador, que liberou com uso de tornozeleira eletrônica e ainda o permitiu de visitar a filha que tem com a vĂ­tima, o que, segundo ele, coloca em risco a vida de sua sobrinha. "O que esse desembargador quer? Que esse cara entre na casa da minha sobrinha e a mate?", disparou.


O parlamentar mencionou o caso de Vanessa Ricarte, assassinada a facadas pelo ex-noivo e que deixou ĂĄudios questionando o atendimento da Deam, para alertar sobre o perigo que sua sobrinha corre. Ele cobrou uma resposta do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). "Estou aqui pedindo socorro. S

e o cara sem nada jĂĄ fez esse absurdo, o próximo passo serĂĄ matĂĄ-la. Peço apoio dos parlamentares", disse CorrĂȘa, pedindo que a justiça tome medidas para proteger a vĂ­tima e garantir que o agressor seja preso.


Jornalista foi agredida e agressor liberado com uso de tornozeleira

O mĂșsico de 38 anos que agrediu a companheira, uma jornalista de 37 anos, em Campo Grande, foi liberado nesta terça-feira (11) com uso de tornozeleira e uma medida protetiva.

Ele foi preso após agredir a jornalista no Ășltimo dia 3 deste mĂȘs, na segunda-feira de Carnaval, em Campo Grande. Na ocasião, a vĂ­tima estava com a filha de 8 meses, quando foi agredida com socos após chegar em casa.

Na decisão, consta que o mĂșsico foi solto porque "apenas tentou se defender dos ataques verbais e fĂ­sicos cometidos pela suposta vĂ­tima, não havendo qualquer ato que desabone sua conduta" e que também dificilmente o suspeito serĂĄ condenado para cumprir pena em regime fechado. "Dada cominação em abstrato fixada para crimes domésticos e por ser primĂĄrio, o que não justifica permanecer no cĂĄrcere aguardando o desfecho do processo crime".

Com isso, o mĂșsico teve a soltura determinada e passarĂĄ a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Além disso, ele estĂĄ proibido de se aproximar da jornalista a menos de 200 metros de distância, mas terĂĄ assegurado o direito de visita e contato com a filha, que tem 8 meses.

Apesar de responder ao processo em liberdade, o mĂșsico estĂĄ proibido de ausentar-se da comarca sem autorizar a Justiça previamente, deverĂĄ obrigatoriamente comparecer a todos os atos do inquérito e da eventual ação penal que for intimado e comparecer mensalmente em juĂ­zo para comprovar endereço atual, bem como informar e justificar suas atividades.


"É revoltante"

Após se deparar com a determinação de soltura do mĂșsico que lhe agrediu, a jornalista se diz revoltada. Segundo ela, não foi analisado sequer o conteĂșdo anexado em seu depoimento prestado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

À reportagem do Jornal Midiamax, a jornalista enviou um vĂ­deo gravado pouco depois da agressão. Nas imagens, ela estĂĄ com sangramento no nariz e com a filha no colo, relatando a agressão sofrida.


Fonte: Midiamax

Comunicar erro

ComentĂĄrios