Tentativa de feminicídio: em Dourados, homem esfaqueia ex-mulher em frente ao filho de 1 ano

Uma mulher de 32 anos foi vítima de tentativa de feminicídio na noite de terça-feira (4) no bairro Residencial Pelicano, em Dourados. O ex-marido, de 27 anos, foi preso pela Polícia Militar após esfaqueá-la durante uma discussão motivada por ciúmes.

Segundo informações, mesmo com uma medida protetiva contra ele o agressor foi até a casa da vítima, com quem tem um filho. Durante a conversa o homem se exaltou, pegou uma faca e tentou golpeá-la na frente do filho de um ano, a mulher conseguiu se defender, mas acabou sendo atingida, ficando com a lâmina cravada em uma de suas mãos.

Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e levada ao Hospital da Vida. No hospital, a equipe acionou a Polícia Militar, que iniciou buscas pelo agressor. Os policiais foram até a casa do suspeito, mas ele já havia fugido.

Pouco depois, o homem foi até o hospital e se identificou como primo da vítima. Ao deixar o local de bicicleta, ele foi localizado e preso pela PM na Rua Monte Alegre. O homem foi autuado por tentativa de feminicídio e encaminhado à delegacia.

O que é medida-protetiva?

A medida protetiva é uma ordem judicial que tem o objetivo de proteger uma pessoa que está sofrendo algum tipo de violência, ameaça ou situação de risco, geralmente em casos de violência doméstica, familiar ou contra mulheres, conforme previsto na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).

O juiz pode impor várias proibições para proteger a vítima, como:

• Afastamento do agressor do lar
• Proibição de se aproximar da vítima (geralmente a uma distância mínima de 100 metros)
• Proibição de entrar em contato por qualquer meio (telefone, mensagens, redes sociais)
• Suspensão do porte de arma (se o agressor tiver)
• Pagamento de pensão alimentícia provisória
• Acompanhamento policial para retirada dos pertences pessoais
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O que acontece se o agressor descumprir a medida protetiva?

Descumprir medida protetiva é crime, previsto no Código Penal (Art. 24-A), e pode resultar em prisão de 3 meses a 2 anos.