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Duplo feminicídio, Douradão nas mãos do Estado, Exemplo eleitoral, 21 Cadeiras, A Preterida

Por Mariana Rocha em 05/02/2025 às 11:18:25

Duplo feminicídio: O início do mês de fevereiro foi marcado por um episódio violento e que aqui será considerado como um duplo feminicídio. No primeiro dia do mês, pela manhã, Renan Dantas Valenzuela, 31 anos, em posse de uma arma de fogo, disparou contra a ex-companheira Karina e sua amiga, Aline.Premeditadamente, Renan ateou combustível e fogo na loja onde as duas estavam. Depois deu um tiro na própria cabeça. As duas jovens não sobreviveram e o machismo carimbou mais duas mortes, duas jovens moradoras do município de Caarapó perderam suas vidas para a misoginia e a possessividade de um homem que não aceitava o fim de seu relacionamento. Um homem que tinha uma arma de fogo a sua disposição. Feminicidio é o assassinato de mulheres pela condição de genero, ou seja, quando a vítima é morta por ser mulher e está diretamente relacionada à violencia doméstica. Aline, em razão do seu laço afetivo com a amiga Karina e por ser mulher, também pagou com a própria vida. As mídias mais medíocres falam em "crime passional", no entanto, o machismo premedita, racionaliza e retira a vida das mulheres. O amor não mata. Até quando as mulheres vão morrer nas mãos dos homens violentos?


Douradão nas mãos do Estado: O Estádio Fredis Saldivar, mais conhecido como Douradão, é um estádio localizado na cidade de Dourados e que foi inaugurado em 1986. Em 2023, após um período de interdição de cinco anos, o Douradão foi liberado para sediar jogos do Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol Profissional da Série A, leia-se, campeonato masculino. Contudo, manter estádios de futebol é caro e o Mato Grosso do Sul está longe de ser uma unidade federativa de desporto relevante, o futebol do estado é um dos menos prestigiados de todo o Brasil. Apesar do futebol ser uma paixão nacional, segundo informações, a nova gestão da cidade de Dourados tem avaliado entregar o Douradão para a responsabilidade do estado. Após o governo de Mato Grosso do Sul anunciar que assumirá a administração do Estádio Morenão, localizado em Campo Grande, o Douradão pode ser o próximo.


Exemplo eleitoral: A quitação eleitoral é uma comprovação de que o/a cidadão está em dia com suas obrigações, como o voto e o pagamento de eventuais multas, sendo essencial por exemplo, para assumir cargos. Estar em dia com a Justiça Eleitoral garante a legalidade do exercício da função e demonstra compromisso com a democracia e a transparência. A regularidade eleitoral é um requisito obrigatório para nomeações em cargos públicos, participação em licitações e até mesmo para a posse em funções administrativas. Dar o exemplo é fundamental. Se órgãos públicos insistirem em "dar um jeitinho" a pouca credibilidade que lhes resta vai acabar logo logo.


21 Cadeiras: Se levarmos em conta que a população estimada de Dourados é de 260 mil habitantes, podemos dizer que a Câmara de vereadores tem uma média de 12 mil habitantes para cada representante do legislativo. Agora, com 21 cadeiras e sem um prédio próprio, em instalações adaptadas no Shopping Avenida Center, o legislativo municipal tem uma composição bem diferente, onde 10 cadeiras são ocupadas por novos e novas legisladores(as). A reforma é a primeira grande pedra no sapato dos legisladores, afinal, em março, a "obra problemática" completa 3 anos e está nitidamente muito longe de terminar. Com mais cadeiras e um salário mais voluptuoso de pouco mais de R$17.000,00 vai ser preciso muito trabalho, mesmo!


A Preterida: Ser preterida significa ser deixada de lado, ignorada ou substituída por outra pessoa em determinada situação. Tenho para mim que ninguém é insubstituível, mas cada pessoa tem uma força e um significado. Minhas armas são as palavras e a minha capacidade de racionalizar inúmeras informações. Apesar de alguns membros da classe politica não "irem com a minha cara" outros tem se mostrado admiradores do meu trabalho que em grande parte consiste em pensar e fazer pensar. Esta coluna tem cada vez mais acessos. Ser preterida, ou então, não muito querida pela classe política é quase um elogio. Desde que me firmei novamente em Dourados, apesar das propostas que foram de rachadinhas até os "cala-bocas" de suborno, decidi não aderir aos conchavos, não aceitei apertos de mão duvidosos nem troquei princípios por favores. Ser preterida faz parte, mas a imprensa é livre e é de bom alvitre que me recebam e respondam às minhas solicitações de informação, entrevistas ou de meras reuniões amistosas.

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