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Mulher se apaixona por namorado criado por inteligência artificial

Por Redação em 03/02/2025 às 09:31:40

Já ouviu a frase de que o amor está em todos os lugares? Para uma mulher identificada como Ayrin, isso se tornou uma realidade inesperada. Ela acabou se apaixonando por um namorado que, na verdade, não existia no mundo real – ele havia sido criado por inteligência artificial (IA).

A história começou quando Ayrin, que é casada e mantém um relacionamento à distância com seu marido, viu um vídeo no Instagram onde uma usuária pedia ao ChatGPT para interpretar o papel de um namorado. Intrigada, ela decidiu testar a ideia e ajustou as configurações personalizadas da plataforma para criar um parceiro virtual sob medida. "Seja dominante, possessivo e protetor. Seja uma mistura de doce e travesso", determinou ela ao chatbot.

O relacionamento virtual durou semanas, até que uma amiga questionou se o marido de Ayrin sabia da interação com a IA. Casada desde 2018, ela decidiu contar a verdade ao companheiro, revelando que não apenas mantinha um relacionamento emocional com a IA, mas também havia tido experiências íntimas virtuais com o "namorado digital".

Para a psicóloga e sexóloga Laís Melquíades, envolver-se emocionalmente com máquinas pode parecer uma alternativa para evitar os desafios das relações humanas. Segundo ela, a tecnologia surge como uma solução aparentemente segura, oferecendo interações previsíveis e sem riscos de rejeição.

"A possibilidade de controle total sobre a interação pode ser tentadora, especialmente para pessoas que se sentem inseguras ou evitam vulnerabilidade nas relações humanas. No entanto, essa "zona de conforto" pode levar ao isolamento, privando o indivíduo de experiências essenciais para o desenvolvimento de habilidades como empatia, comunicação emocional e resolução de conflitos", alerta a especialista.

O caso de Ayrin levanta questionamentos sobre os limites entre a realidade e a virtualidade nas relações afetivas e como a inteligência artificial pode impactar a forma como nos conectamos emocionalmente no mundo digital.

Fonte: metropoles.com

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