As autoridades do Japão estão buscando alternativas para proteger os direitos autorais dos criadores de animes e mangás. E isso significa, entre outras coisas, combater a pirataria, dentro e fora do território japonês
O grupo antipirataria Content Overseas Distribution Association (CODA), por exemplo, acabou de anunciar que retirou do ar 15 sites que transmitiam os conteúdos de forma irregular. Eles estavam hospedados no Brasil.
A operação, em nome das produtoras Toei Animation, Toho e Bandai Namco Filmworks, ocorreu no início de dezembro em cidades do estado de São Paulo.
Os responsáveis pelas páginas de pirataria digital receberam visitas de advogados do grupo em seus endereços residenciais. A conversa direta visa ser mais incisiva do que o envio de comunicados pelos Correios solicitando o encerramento das atividades ilegais.
Entre os alvos está o terceiro site pirata de anime mais visitado do Brasil. Os dados de tráfego da SimilarWeb indicam que em setembro, outubro e novembro deste ano, os 15 endereços receberam 6,43 milhões, 9,3 milhões e 8,34 milhões de visitas, respectivamente. Os nomes dos sites piratas retirados do ar não foram divulgados.
Os criadores dos mangás e animes estão pedindo que haja uma automação do processo de identificação de sites de pirataria. Foi dessa forma que surgiu a ideia de usar a inteligência artificial para combater o problema.
De acordo com as autoridades japonesas, a proposta foi inspirada em um programa antipirataria adotado pela Coreia do Sul. A ideia é treinar uma IA para navegar na internet em busca de sites piratas, usando seu sistema de detecção de imagens e textos.