Há dois anos, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília, para protestar contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2022. O ataque aos edifícios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto causou um grande prejuízo e gerou um intenso debate sobre os riscos à democracia no Brasil.
Desde aquele episódio, o STF iniciou diversas investigações e abriu 1.552 ações penais contra as pessoas envolvidas. Mais de duas mil pessoas, de vários estados, foram presas, e, até o momento, 371 já foram condenadas. Além disso, 527 firmaram acordos de não persecução penal, enquanto 650 ainda aguardam julgamento.
Em Mato Grosso do Sul, 40 pessoas foram detidas por envolvimento no ataque, segundo levantamento do Correio do Estado. Destas, 13 foram condenadas, 12 firmaram acordos de não persecução penal e 14 ainda aguardam o julgamento.
Apenas uma pessoa foi absolvida, Jeferson Franca da Costa Figueiredo, conforme o site do STF.
Dos sul-mato-grossenses condenados, três pegaram as penas mais pesadas: José Paulo Alfonso Barros (17 anos e seis meses), Diego Eduardo de Assis Medina (17 anos) e Ivair Tiago de Almeida (17 anos).
As condenações no estado variaram, mas a maioria das sentenças impôs penas de 17, 16 e 12 anos de reclusão, além de multas que correspondem a 100 dias-multa, com valor de 1/3 do salário mínimo por dia.
0Alguns réus receberam penas menores, que foram convertidas em serviços à comunidade.
Entre os 12 que fecharam acordos de não persecução penal, estão pessoas como Cassius Alex Schons de Oliveira, Elaine Ferreira Gonçalves, e João Batista Benevides da Rocha. Já os 14 réus que aguardam julgamento incluem nomes como Altino Pereira Bispo e Maria Aparecida Barbosa Feitosa.