Plantão do MS: Bem vinda e bem-vindo ao Plantão do MS. Agora vocês poderão acompanhar minha coluna (ainda sem um novo nome) por aqui. Prazer, sou Mariana Gomes da Rocha, uma mulher sul-mato-grossense de muitas opiniões e sonhos. Por aqui, você vera fatos, opiniões, dicas, análises, notícias e muitas boas histórias. O compromisso do Plantão do MS é com o fortalecimento da comunicação regional.
Nota de Repúdio: Neste sábado, dia 30 de novembro, completa exatamente um ano desde que a atual gestão da Prefeitura de Dourados emitiu uma nota de repúdio contra mim. O departamento de comunicação do prefeito derrotado atuou de tal forma que a comunicação virou palco para personalizar críticas, o que, sem dúvidas, afetou a credibilidade da gestão. A comunicação institucional deve sempre priorizar informações alinhadas ao interesse público, promovendo o bem comum e evitando conflitos desnecessários. O tempo passa e a roda que não é assim tão gigante, gira.
Tendas: Imagine que eu tenha visitado os documentos do Diário Oficial da Cidade de Dourados e certas informações tenham me chamado a atenção: pregões eletrônicos envolvendo a contratação de tendas para eventos. De fato, a estrutura para eventos é necessária. A administração pública tem como obrigação zelar por suas atividades, funcionários e pela população. Contudo, a contratação de materiais por uma prefeitura deve ser guiada pelos princípios da transparência, legalidade e impessoalidade, pilares fundamentais da administração pública. No entanto, leitoras e leitores, quando, hipoteticamente, fornecedores ligados a vereadores passam a dominar quaisquer processos, a ética administrativa é colocada em xeque. Estou apenas "levantando a lebre" e lembrando que estou atenta.
Omissão de informação: A omissão de informações por agentes públicos não é apenas um ato de descaso, mas um grave atentado contra a transparência e a confiança devida à toda população. Quando um servidor, vereador ou gestor, deliberadamente, deixa de divulgar informações ou age para esconder dados pode prejudicar e até mesmo incorrer em prevaricação. A omissão não deve ser tolerada, pois onde há silêncio deliberado, há espaço para que o "jogo político" aconteça fora das 4 linhas da democracia. É preciso respeitar as regras. Omitir pode custar caro. Tramar, também.
Água & bala: Os protestos de indígenas da Reserva Indígena de Dourados (RID) marcaram a última semana de novembro de 2024. Com paus, pneus, fogo, pessoas e muita coragem, mulheres, homens, jovens e crianças pararam o trecho da MS-156 que liga Dourados a Itaporã para reivindicar por ÁGUA. Um problema que se arrasta por décadas e que mostra um pouco da falta de prioridade do estado brasileiro com a resolução de problemas profundos como o acesso à água potável e tratada por mais de 20 mil pessoas indígenas moradoras da cidade de Dourados. Após mais de 48h de bloqueio sem acordo, ao invés de agu contínua e em abundância, os indígenas receberam bala. Bala de borracha, gás de efeito moral e muita truculência. A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, a mando do secretário da pasta e do Governador Eduardo Riedel (PSDB) esteve com a tropa de choque para desobstruir a via. Entrevistei pelo menos 4 mulheres que estavam no protesto, uma delas me relatou que 2 bombas de efeito moral foram lançadas pela tropa e entraram dentro da casa dela. Além dela, outras 5 crianças estavam na residência. Outra atingida pelo ataque foi uma jovem grávida que relatou passar mal com a fumaça. As viaturas da polícia militar entraram nas aldeias (o que em tese é proibido pela lei brasileira) , área de jurisdição federal.
O caso repercutiu e o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) publicou a destinação de R$ 2 milhões para a construção de dois poços de água potável na RID, em regime de urgência. Criado na atual gestão do Governo Federal o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) é uma estrutura do governo que pode começar a por luz nos diversos problemas que enfrentam os povos indígenas. Mas, como quem tem sede não pode esperar, o movimento é legítimo, importante e necessário.