Mato Grosso do Sul ocupa a quarta posição no Brasil em termos de feminicídio, com 72 vítimas registradas nos últimos dois anos. Os dados são do anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado em 7 de setembro. Desde a promulgação da Lei 13.104/2015, que tipificou o feminicídio como uma qualificadora do homicídio doloso, o estado contabilizou um total de 291 vítimas.
O relatório do FBSP destaca que, entre 2015 e 2023, pelo menos 10.655 mulheres foram assassinadas em razão de seu gênero. Esses números levam em consideração a subnotificação de casos nos primeiros anos de vigência da legislação, a qual começou a fornecer dados consistentes a partir de 2016, abrangendo o período de janeiro a dezembro de cada ano.
No cenário nacional, 2023 foi um ano alarmante, com 1.463 casos de feminicídio registrados em todo o país. Isso resulta em uma taxa de 1,4 mortes por 100 mil mulheres, representando um aumento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este é o maior número de feminicídios já registrado desde a tipificação da lei.
Além disso, o anuário revela que dezoito estados brasileiros apresentaram taxas de feminicídio superiores à média nacional de 1,4 mortes por 100 mil mulheres. Mato Grosso do Sul, com uma taxa de 2,1 por 100 mil, figura entre os estados com os índices mais elevados. Entretanto, o estado também apresenta uma redução de 25% no número de vítimas no último ano, passando de 42 casos em 2022 para 30 em 2023.
Esses dados ressaltam a gravidade da situação das mulheres em Mato Grosso do Sul e a urgência de medidas eficazes para combater a violência de gênero, garantindo proteção e justiça para as vítimas.
Fonte: CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS